29.10.04

Revendo os meus arquivos

Estou sempre dando uma olhada nos meus arquivos e estou sempre dando de cara com algumas mesnagens que guardo e gosto sempre de colocá - las aqui, como é o caso dessa abaixo:

Há um jeito que é só seu...

Há um jeito que é só seu, de semear o bem.
Se tem sabedoria para falar, fale! Há pessoas precisando de quem lhes risque novos horizontes.
Se tem o dom de ouvir, ouça! Há pessoas precisando falar para reorganizar os pensamentos e sentimentos.
Se tem o dom de enxergar os talentos alheios, enalteça-os! Há pessoas que desabrocham por conta de alguém que lhes reconheça um dom.
Se tem discernimento o bastante para fazer uma observação construtiva, faça-a! Há pessoas persistindo no mesmo erro, por falta de alguém que as alerte com carinho e firmeza.
Se você não tem vocação para engajar-se em movimentos filantrópicos de grande alcance, tenha em mente que o maior bem a ser semeado começa dentro do seu lar.
Oferte a sua canção, a sua poesia, a sua hospitalidade, aquele prato que ninguém sabe fazer igual.
Oferte a sua diplomacia, a sua liderança ou a sua capacidade de atuar em segundo plano para o bem comum.
Oferte o seu talento para contar piadas e fazer rir; a sua ternura natural no trato com crianças, idosos ou animais; a sua capacidade de manter o sangue frio nas horas de crise, quando todos em sua volta desabam; a sua santa paciência de permanecer num hospital ao lado de um enfermo terminal, ou de varar a noite num velório, naquela hora crítica em que todos vão embora.
Há um jeito que é só seu e todo seu, mesmo que seja ofertar uma flor sem ser dia de nada. Mesmo que seja afagar as folhas de uma árvore, cantar junto com o seu canarinho, alisar o pelo de seu bichinho de estimação, aquele que você salvou da enxurrada. Mesmo que seja uma prece sincera feita no silêncio do seu quarto. Na contabilidade divina, pouco importa se o seu jeito de semear o bem ;alcançar uma criatura ou milhões de criaturas. Você está fazendo a sua parte, de um jeito que é só seu. É só isto que realmente importa!

(Fátima Irene Pinto)

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