10.12.05

ESTRÉIA

"Crônicas de Narnia" transforma imaginação em realidade

Por Kirk Honeycutt

HOLLYWOOD (Hollywood Reporter) - A fantasia vira realidade na versão filmada do clássico infantil de C.S. Lewis, "As Crônicas de Narnia: o Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa", que estréia nesta sexta-feira. O que é levemente esboçado no romance, onde muito é deixado para a imaginação, é mostrado em detalhes no filme.

Sob a direção de Andrew Adamson, co-diretor da animação "Shrek", a mistura de personagens reais e animação é impressionante. Nas cenas de batalha, alguns movimentos lembram a ação presente em videogames. É de uma façanha notável o foto-realismo de milhares de criaturas e seus movimentos orgânicos surpreendentes, principalmente quando misturados com locações verdadeiras e atores reais.

As séries de "O Senhor dos Anéis" e "Harry Potter" mostraram que há espaço para franquias de filmes baseados na literatura fantástica.

A Disney e a Walder Media apostaram 150 milhões de dólares neste livro escrito há 55 anos, o primeiro de uma série de sete livros que exploram o universo alternativo de Narnia.

É difícil dizer qual será o impacto da campanha da Disney para fazer com que as pessoas religiosas sigam para o cinema para ver "Narnia", que é obviamente uma alegoria da história de Cristo. Com certeza as crianças ficarão enredadas pela jornada através de Narnia, e essa emoção deve se estender para os adultos.

Os roteiristas Ann Peacock, Christopher Markus e Stephen McFeely, junto com Adamson, seguiram na maior parte a história de Lewis, mas acrescentaram algumas sequências de ação: há uma fuga de lobos malvados através de um túnel, uma perseguição em um lago congelado e uma viagem no gelo.

Para o clímax da batalha, os cineastas apostaram em criaturas e animais que não foram mencionados ou que foram rapidamente mencionados no livro: de centauros e sátiros da mitologia grega a ursos, hipopótamos, tigres, ogros, gigantes e anões.

TUDO COMEÇA EM UM GUARDA-ROUPA

Em uma Inglaterra sitiada durante a Segunda Guerra Mundial, os quatro irmãos Pevensie -- Peter (William Moseley), Susan (Anna Popplewell) e os pequenos Edmund (Skandar Keynes) e Lucy (Georgie Henley) -- foram retirados de Londres para o interior do país, onde ficam alojados na grande casa de um professor aposentado (Jim Broadbent). Aí uma brincadeira de esconde-esconde revela um guarda-roupa encantado.

Para a alegria das crianças, elas descobrem que se forem para os fundos desse móvel, vão parar no universo paralelo de Narnia, uma terra de animais falantes e criaturas fantásticas.

A terra também é coberta de neve, pois Narnia caiu sob magia da Feiticeira Branca (Tilda Swinton), que obrigou os habitantes a sofrerem 100 anos de inverno -- mas sem direito a Natal.

A chegada dos irmãos Pevensie muda tudo isso. Os inimigos da Feiticeira Branca resolvem agir, certos de que "as crianças de Adão e Eva" prenunciam uma antiga profecia. Surgem rumores de que Aslan, o rei leão que há tempos está desaparecido (e que é a figura de Cristo na história), está chegando, pronto para reclamar seu trono.

Entre os atores adultos, Swinton se destaca. Ela não é nenhuma bruxa de contos-de-fadas, mas uma vilã moderna que tem reservatórios de maldade e poderosas armas que golpeiam tudo ao redor. Outro destaque é o humor de James McAvody no papel do fauno Mr. Tumnus.

Grande parte da produção é passada em estúdios na Nova Zelândia, mas a ação externa é filmada na Polônia, na República Tcheca, na Inglaterra e na Nova Zelândia.


Acho que a minha loucura por livros vai voltar, e isso me dá medo, sério, porque o salário não permite muito esse tipo de coisa, mas estou percebendo que estou me apaixonando a cada filme baseado em literatuta fantástica, foi assim com o Senhor dos Anéis. Estou começando a desconfiar que a minha convivência com dona Viviane andou reavivando a minha paixaõ por livros que andava esquecida.

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