"Não sou corajoso, por isso escrevo. Escrever é uma forma de segunda época da vida, de recuepração nas férias. Ao vivo e em cores não sou como gostaria, nem o mundo é perfeito. Então coloco uma letra depois da outra e tento transformar ressentimento em graça. Acho até que abriria mão dos textos se pudesse ter sempre uma resposta pronta quando me ofendessem; fosse atrás, sem receio, da mulher por quem me apaixonei; dissesse, todas as vezes, exatamente aquilo que penso das coisas, doa a quem doer: mas a vida não é assim, eu não sou esse cara. Aliás, alguém é?
Se houver um julgamento final, acho que Deus deveria pedir, logo de cara, a lista de arrependimentos de cada um. Por ela, o Todo - Poderoso ficaria sabendo das coisas feias que o recém - chegado fez como as coisas belas que deixou de fazer. Até aqui, acho que não fiz nada de muito horroroso. Já o que deixei de fazer... "Tem mais papel aí, São Pedro?"...
A vida é complicada pra caramba. Vivê-la sem problemas não é uma questão de decisão. Aliás, sei lá qual é a questão. Se soubesse, não escreveria: viveria, é só. Boa sorte."
Texto: Falha Humana
Autor: Antônio Prata
Li o texto acima faz um tempo e sempre quis postá-lo aqui, mais uma coisa ou outra terminei por não colocá-lo no world is mine, e ele se cai como uma luva em mim. Como gostaria de ser como algumas amigas que sempre falam na lata quando uma situação as incomodam, não deixam passar nada e muito menos "passar barato". E eu, bom eu deixo passar barato, sempre acho que as coisas que acontecem a culpa é minha - mesmo não sendo - dá para acreditar?
Quando a situação permite, e as pessoas envolvidas em alguma situação leêm o que escreverei, toco no assunto por aqui. Mas em algumas situaçãoes em sempre fico jogando na minha cara: medrosa, demente e bato no peito mea culpa, mea culpa. Se a vida é complicada, eu sou complicada ao cubo, essa é a grande verdade.
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